quinta-feira, 3 de julho de 2014

Todos iguais, tão desiguais...


A pauta da aceitação das diferenças e quebra de preconceitos é uma realidade no mundo e no Brasil. Em nossa região não pode ser diferente, uma vez que não estamos numa ilha e essa agenda não deve ser ignorada.

A sociedade tem uma característica imutável: está em constante evolução. Na linha do tempo da existência humana, por exemplo, não é relevante do ponto de vista temporal a inserção da mulher no mercado de trabalho. A figura feminina foi abnegada de trabalhar durante muitos séculos e essa mudança só se deu graças a capacidade da sociedade se transformar.

No entanto, para que paradigmas sejam quebrados, é necessário um olhar mais progressista. E isso tradicionalmente esteve mais presente nos grandes centros, ambientes menos alinhados ao conservadorismo. Com os adventos da globalização e da internet, entretanto, o cenário está mais equilibrado: é possível observar, mesmo nos mais modestos municípios, uma receptividade muito positiva no que diz respeito a superação de valores engessados que só semeiam o ódio e a violência contra as pessoas.

As novas revoluções passam necessariamente pelo diálogo e, visto que a mentalidade do povo está mais susceptível a discutir um inédito realinhamento da nossa organização social, esse ensejo deve ser aproveitado. Devemos promover um debate em alto nível - e com a participação de todos os setores - para que possamos elevar a aceitação do dito diferente. Valores como o respeito à diversidade devem estar no topo da pirâmide do pensamento contemporâneo.

Por Arnaldo Mascarenhas Arraes Lage